MATÉRIA PRIMA
A
gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta
e a demanda.
Este
equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes
três importantes indicadores de desempenho:
-
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que
o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é
medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no
passado.
Obs.:
Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de
índice de rotação de estoques.
-
Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do
período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento.
-
Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o
ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que
o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha;
demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo
fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço
com prontidão.
Portanto,
o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em
conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na
sede da empresa.
Como
se trata de uma prestação de serviços, as mercadorias ou matérias- primas
envolvidas na atividade não são muito relevantes em termos de volume e custo,
mas são muito importantes nos aspectos de higiene e conforto para os clientes.
Atenção
a materiais de banheiro, toalete, higienização pelo uso dos equipamentos,
limpeza geral das instalações, entre outros, requer acompanhamento constante e
seleção adequada de fornecedores, ambiente e local adequado para seu
armazenamento, além controle de uso e reposição.
Se a
academia possui uma lanchonete, mesmo que terceirizada, a disponibilidade,
armazenamento e manipulação dos alimentos, requerem atenção redobrada, pois
podem comprometer a saúde dos clientes, além de estarem sujeitas à fiscalização
da ANVISA e das Secretarias Municipais de Vigilância Sanitária.
Para
a definição do mix dos produtos/serviços a serem oferecidos, o empresário
deverá visitar concorrentes, ouvir permanentemente seus clientes e ir fazendo
adaptações ao longo do tempo.
Organização do Processo Produtivo
Como
em todo negócio, o primeiro passo é conquistar o cliente: mostrar a academia,
seus equipamentos, facilidades, serviços, e a atenção que o aluno terá dos seus
profissionais habilitados. A apresentação dos preços, modalidades e formas de
associação e pagamento, também fazem parte dessa etapa inicial.
Conquistado
o cliente, o próximo passo é a matrícula e avaliação física. O exame médico
pode ser obrigatório ou não, dependendo da legislação específica do Estado ou
Município, mas entendemos que sua realização seja uma boa prática e deve ser
mantida.
O
serviço oferecido vai muito além da disponibilidade de equipamentos e
professores. A orientação profissional, de acordo com as necessidades e
objetivos do cliente, passa por um acompanhamento inicial para o perfeito usos
dos equipamentos, seqüências de exercícios mais apropriadas, posturas, graus de
dificuldade e esforço aplicáveis a cada aluno.
Também
é importante a apresentação aos novos alunos as instalações e facilidades
existentes, como os vestiários, lanchonete, loja, etc., quando for o caso.
O
acompanhamento dos progressos obtidos, de forma periódica e profissional, bem
como novas orientações e correções de rumo, completam o ciclo de procedimentos
voltados ao bem estar e satisfação do cliente.
Outros
processos administrativos e gerenciais, bem como as áreas de apoio e
administrativa, têm papel importante no bom andamento da academia, abrangendo
as áreas de faturamento, marketing, informática, compras, financeira e
administração de pessoal, além da manutenção dos equipamentos e a limpeza do
local.
Automação
A
automação das academias de ginástica é utilizada também como um elemento de
diferenciação e agregação de valor, dependendo da segmentação e público alvo. É
empregada com maior ou menor intensidade na atração de clientes, mas
principalmente como elemento de gestão e controle da freqüência e uso dos
equipamentos.
Em
academias mais sofisticadas a automação vai desde o ingresso dos freqüentadores
através de equipamentos biométricos (ex: leitores de digitais), passando pela
escolha dos aparelhos altamente digitalizados e integrados a televisores,
monitores, etc., até a integração destes aparelhos com softwares de
acompanhamento físico individual de cada freqüentador.
Na
parte administrativa a automação se dá através do emprego de softwares
(pacotes) especiais para gestão de academias com módulo de cadastro, matrícula,
cobrança, dentre outros.
A
escolha dos equipamentos e software adequados ao porte e proposta da academia é
um passo importante, e seu custo pode variar bastante, seja pela qualidade,
sofisticação ou mesmo pela localização do estabelecimento.
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