Automação
O
nível de automação para este tipo de empresa é expressivo, apesar de não
envolver soluções tecnológicas inovadoras. O empreendimento requer equipamentos
(microcomputadores) com boa capacidade de processamento, bem como de um
software que auxilie tanto na emissão de bilhetes/e-ticket de passagens, quanto
na montagem de roteiros turísticos, incluindo visualização de mapas, dentre
outros elementos que possam facilitar a composição dos produtos e apresentar um
melhor entendimento da região que será visitada.
Da
mesma forma, tal software deverá, de preferência, funcionar como um sistema
integrado de gestão empresarial, buscando com isto facilitar a gestão operacional,
administrativa e financeira da empresa. Isto porque como esse tipo de empresa
trabalha normalmente como “intermediária” de negócios, sua remuneração dá-se
via pagamento de comissão pelas diversas empresas que representam, por exemplo,
as empresas aéreas, hotéis, operadoras de turismo, dentre outras. Deve-se
manter um rigoroso controle dos montantes comercializados e as respectivas
comissões recebidas.
As
Agências de Viagens e Turismo para a emissão de seus bilhetes de passagens
diretamente em sua agência, sem necessitar da utilização do “browser” das
companhias aéreas especificamente, encontram no mercado diversos softwares que
atendem essa necessidade de emissão nas agências de viagens e turismo, mas como
base de pesquisa cita-se os dois mais comuns que são: AMADEUS e o RESERVE,
sendo que a agência deverá avaliar cada um desses softwares ou outros no
mercado e ver o que melhor se adéqua as suas necessidades e expectativas. Caso
o empreendedor não adote as providências de automação de sua Agência de Viagens
e Turismo desde o início de seu empreendimento, existirá uma grande
possibilidade de fracasso em curtíssimo espaço de tempo, já que esse tipo de
estabelecimento comercial deve primar pela sofisticação e pontualidade.
Canais
de Distribuição
Uma
Agência de Viagens e Turismo pode utilizar mais de um canal para fazer com que
seus produtos cheguem até o cliente. Dentre eles pode-se elencar a loja física
e uma loja virtual.
Ao
fazer a opção da adoção de multicanais, a empresa precisa estar consciente de
suas competências e recursos. Para atuar em vários canais a empresa deverá
estar apta a agir com rapidez para fazer negócios e a ter uma infra-estrutura
adequada para gestão.
Independente
do canal adotado é necessário capacitar o(s) funcionário (s) para o uso
adequado das ferramentas de venda, de forma que possam oferecer o melhor
atendimento aos clientes.
Investimento
Várias
decisões irão impactar no montante do investimento necessário para abertura de
uma Agência de Viagens e Turismo, dentre elas:
Localização:
o valor para alugar ou comprar um imóvel irá variar de acordo com a região
escolhida para abertura do negócio.
Tipo
de imóvel: optar por alugar ou comprar um imóvel;
Qualidade
do imóvel: condições físicas do imóvel, necessidade de reforma, tamanho da
reforma.
Os
resultados das decisões referentes a estes itens surgirão com a elaboração do
plano de negócios. Etapa fundamental para quem deseja empreender de forma
consciente, “o plano de negócios é a validação da idéia, análise de sua
viabilidade como negócio” (DOLABELA, 1999, p.17).
Visando
fornecer uma idéia de tais investimentos segue uma exposição de itens e
quantidades entendidas como necessárias para se ter estruturada uma Agência de
Viagens e Turismo em 15 m².
Microcomputadores
– 2 – R$ 5.000,00
Mesas
– 2 – R$ 800,00
Cadeiras
– 6 – R$ 600,00
Impressora
multifuncional – 1 – R$ 600,00
Telefone
– 1 – R$ 50,00
Armários
– 5 – R$ 5.000,00
Total
dos equipamentos e acessórios – R$ 12.50,00
O
montante a ser investido na reforma e adequação do imóvel às necessidades da
empresa é extremamente variável, pois dependerá do material de construção que
será empregado, estado em que a empresa está localizada, no entanto como deve
ser uma estrutura com um visual extremamente atrativo o investimento nesta área
irá girar em torno de R$ 40.000,00
Sendo
assim o investimento para instalação de uma Agência de Viagens e Turismo e seus
departamentos irá girar em torno de R$ 52.100,00 ( cinquenta e dois mil e cem
reais).
Isto
é apenas uma estimativa, pois o investimento poderá ser maior ou menor, segundo
as concepções do empreendedor. Não está previsto no investimento acima indicado
o valor do software, isto porque o empreendedor poderá encontrar soluções
tecnológicas de acesso livre, fato que nesse momento não é aconselhável, sendo
o recomendável que seja levantado o custo de aquisição de licenças dos
softwares constantes do tópico automação.
Capital de Giro
Capital
de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para
garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma
quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as
oscilações de caixa.
O
capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles:
prazo médio de pagamento aos fornecedores (PMP) que incluem todos os pagamentos
efetuados pela empresa (matéria prima, aluguel, mão de obra, etc);prazos médios
de estocagem (PME), que é calculado conforme a frequência de compras e prazos
médios de recebimento de clientes (PMR).
Quanto
maior o prazo de recebimento de clientes e o prazo de estocagem, e menor o
prazo de pagamento de fornecedores, maior será sua necessidade de capital de
giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados, negociar o maior prazo de
pagamento com os fornecedores e estabelecer critérios para conceder prazo aos
clientes, pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em
caixa.
Uma
alternativa para reduzir o prazo de recebimento é antecipar os recebíveis,
cartões de crédito e boletos bancários. Porém, os bancos cobram por esta operação,
que se não for planejada repassando o custo aos clientes nos valores das
mercadorias, poderá complicar a situação financeira da empresa.
É
importante observar que um aumento de vendas implica também em um aumento de
encaixe em capital de giro, pois será necessário comprar mais matéria prima
e/ou mercadorias. Portanto, o aumento de vendas também deve ser planejado,
controlando adequadamente os prazos médios de forma que o lucro apurado da
empresa seja parcialmente reservado para complementar esta necessidade do
caixa.
No
caso dos prazos médios de pagamento aos fornecedores forem maiores que os
prazos médios de estocagem e os prazos médio de recebimentos de clientes, a
necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para
quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de
pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e
imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas
com seus pagamentos futuros.
Um
fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.
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