Como montar uma confecção de roupas de tricô - PARTE 1
Aviso: Antes de
conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte
de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá
vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de
todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo
de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?
Foi-se o tempo
em que o tricô era apenas um passatempo das donas de casa. Hoje, a prática
tornou-se uma indústria vibrante do mercado de moda, estimulando o surgimento
de milhares de confecções que produzem peças de roupas versáteis e atraentes.
O tricô é o
termo utilizado para nomear uma técnica de entrelaçar fios (de lã ou de
algodão) de forma organizada, criando assim uma peça de roupa. Sua origem
remete ao Egito, onde o entrelaçamento era feito manualmente, com a ajuda de
ossos ou madeira. Sua utilização na manufatura de roupas funcionais e
decorativas era mais comum em regiões rurais, onde a lã era abundante. Os
belgas levaram a técnica aos ingleses, onde as mulheres produziam meias e
cachecóis para proteger seus maridos e filhos no inverno.
A história da
produção de tricô foi revolucionada em 1589 por William Lee, um inglês
apaixonado pela tricoteira Mary Panton. Para que pudesse passar mais tempo com
a sua amada, Lee inventou uma máquina capaz de produzir uma fila inteira de
malhas ao mesmo tempo em que Mary produzia apenas um único ponto. A máquina
tornou-se uma sensação em toda a Inglaterra e Europa, permitindo o surgimento
das primeiras fábricas de malhas e criando as bases da Revolução Industrial.
A partir do
século XIX, o tricô passou a ser feito por meio de máquinas domésticas
próprias, resultando num pano muito semelhante à malha manualmente tecida.
Durante as duas grandes guerras mundiais, as mulheres tricotavam peças para os
soldados, como o gorro balaclava.
Por volta dos
anos 50, do século passado, o tricô ganhou novo impulso, com a combinação da lã
com fibras novas e mais flexíveis, capazes de criar uma gama mais ampla de
desenhos, cores, texturas e possibilidades de uso. A partir dos anos 70, o
tricô se popularizou definitivamente com a produção de malhas de verão, com
fios leves e apropriados. O produto também foi beneficiado pelos resultados da
globalização e pelo surgimento da moda étnica, que valoriza estampas e
modelagens de várias partes do mundo, principalmente as africanas, indianas,
arábicas e orientais.
Nesse segmento
de mercado o empreendedor de sucesso não dá ponto sem nó. Seu êxito não depende
apenas do talento e da criatividade para o tricô. É fundamental conhecer o
negócio, as tendências do setor, os processos de gestão da empresa e os
equipamentos disponíveis no mercado.
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