domingo, 7 de junho de 2015

Como montar uma confecção de moda praia - PARTE 3

Automação






Há no mercado uma boa oferta de sistemas para gerenciamento de pequenos negócios. Para uma produtividade adequada, devem ser adquiridos sistemas que integrem as compras, as vendas e o financeiro.

Os softwares possibilitam a transposição do processo de criação para moldes, cadastro de clientes e fornecedores, controle de estoque, serviço de mala-direta para clientes e potenciais clientes, cadastro de móveis e equipamentos, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa etc.

Deve-se procurar softwares de custo acessível e compatível com uma pequena empresa.

Canais de Distribuição
Os canais de distribuição de uma empresa de confecção de moda praia podem ser variados, compondo-se por atacadistas, lojistas, centros de distribuição, exportação, ou através de loja própria.

Parcerias com academias de ginástica, clubes esportivos, salões de beleza e outros estabelecimentos que tenham como finalidade esporte, beleza ou lazer, podem ser uma boa alternativa para a divulgação e comercialização dos produtos.

É importante a montagem de um catálogo de produtos bem elaborado, com criatividade e ousadia, para apresentação dos itens colocados à venda e o que caracteriza a coleção apresentada, como os motivos, enfoque, estilo, etc.

O empreendedor deverá utilizar-se, também, do recurso de loja virtual, seja como uma ferramenta de contato com o público alvo e apresentação dos produtos, seja na modalidade e-commerce, onde a compra é feita diretamente pelo cliente e a embalagem e entrega é controlada pela empresa. Existem vários softwares e parcerias com empresas de comércio eletrônico no mercado que disponibilizam a infraestrutura eletrônica, inclusive pagamento seguro, para pequenos negócios.

Investimento
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como:

- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;

- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, projeto de decoração, honorários profissionais e outros;

- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, despesas de manutenção e outros.

Para uma empresa de confecção de moda praia o empreendedor deverá dispor de aproximadamente R$ 96.742,60 para fazer frente aos seguintes itens de investimento:

- mobiliário para a área administrativa – R$ 3.200,00;
- construção ou reforma de instalações – R$ 20.000,00;
- equipamentos – R$ 31.350,00;
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc. R$ 4.000,00;
Total de investimentos fixo e pré-operacionais – R$ 58.550,00

- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 30.000,00, equivalente a cerca de 50% do investimento total ou 1 mês de despesas.

Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME); prazos médios concedidos a clientes (PMCC).

Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos).

Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.

No caso de uma empresa de confecção de moda praia, o empresário deve reservar em torno de 50% do total do investimento inicial para o capital de giro.

Custos






São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.

Abaixo apresentamos uma estimativa de custos fixos mensais típicos de uma empresa de confecção de moda praia.

1. água, luz, telefone, internet – R$ 1.000,00;

2. salários, comissões e encargos – R$ 20.000,00;

3. taxas, contribuições e despesas afins – R$ 1.000,00;

4. transporte – R$ 3.000,00;

5. refeições – R$ 3.000,00;

6. seguros – R$ 1.500,00;

7. assessoria contábil – R$ 500,00;

8. segurança – R$ 500,00;

9. limpeza, higiene e manutenção – R$ 1.000,00.

Total de custos mensais – R$ 31.500,00

Diversificação/Agregação de Valor
Para o sucesso do negócio é fundamental um estoque com várias opções e o mais diversificado possível.

Manter sempre em sua linha de produção peças inovadoras, tanto em estampas quanto em modelos, sendo necessário ter peças para ambos os sexos, e também na linha infantil, juvenil e adulto.

A oferta de acessórios e complementos, tais como: sacolas para uso em clubes e praias, bonés, chapéus, camisetas leves, cintos, pulseiras, brincos, sandálias, cangas e outros itens que complementam a vestimenta e deixam o cliente com “estilo” mais personalizado são itens que possibilitam a criação de uma atmosfera de encantamento.

É importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os serviços que estão sendo adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de proporcionar ao cliente um produto diferenciado. Além disso, conversar com os clientes atuais para identificar suas expectativas é muito importante para o desenvolvimento de novos serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de fidelizar os atuais clientes, além de cativar novos.

O empreendedor deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas técnicas, novos métodos, através da leitura de colunas de jornais e revistas especializadas, programas de televisão ou através da Internet. As novelas exibidas na televisão, seriados e filmes de sucesso, são veículos propulsores de novas tendências.

Nesse mercado também é fundamental acompanhar os grandes eventos de modas que se realizam no país, pois é através deles que grandes estilistas apresentam as novas coleções.

Divulgação
Os meios para divulgação variam de acordo com o porte e o público-alvo escolhido.

Seguindo o princípio de que cada público tem seu estilo e conceitos de consumo, a exposição das coleções mais criativas e ousadas em desfiles de modas, em qualquer nível ou localidade, proporciona uma comunicação de altíssimo padrão para públicos de concepções diferentes.

A estratégia poderá ser operacionalizada através da oferta de peças para utilização pelos modelos no evento que forem destacados. O empreendedor poderá também montar o seu próprio evento e com isso terá possibilidade de atingir um público mais amplo, desde que tal evento seja bem divulgado, com convites direcionados ao público que se pretende alcançar. Observar que tal estratégia possui um custo significativo.

A divulgação através de site na internet deve ser considerada, pois o acesso de pessoas à rede cresce permanentemente e em larga escala, atingindo os mais diversos públicos e classes sociais. Possibilita também o alcance de consumidores e lojistas em qualquer parte do mundo. Ressalte-se que esse canal apresenta custo relativamente baixo e com forte e crescente apelo popular.

A construção de um site deve ser bastante estudada em razão das características do negócio, apresentando a empresa, suas instalações, parceiros e outras informações relevantes. As coleções e lançamentos merecem o maior destaque, pois essa é a vitrine virtual de seus produtos.


Na medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados anúncios em jornais de grande circulação, revistas e outdoor. Se for de interesse do empreendedor, um profissional de marketing e comunicação poderá ser contratado para desenvolver campanha específica.

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