14.
Custos
Custos
são gastos incorridos relacionados à produção do bem que a fábrica se propõe a
realizar. Estes custos podem ser divididos em fixos e variáveis, sendo custos
fixos os que ocorrem todos os meses independente da quantidade de alimentos congelados
produzidos e custos variáveis os que ocorrem na proporção da quantidade
produzida, ou seja, variam de acordo com o volume de produção.
Dentre
os custos fixos podem-se considerar despesas com telefone, internet, aluguel,
condomínio, água, luz, assessoria jurídica e contábil, marketing, manutenção e
limpeza do local, salários, encargos sociais, dentre outros. Os custos
variáveis compreendem os gastos com compras de todos os insumos do processo,
como frutas, verduras, carnes, farináceos, laticínios, legumes, embalagens,
gastos com logística para entrega dos produtos, além de impostos e despesas
financeiras com cartões de crédito. Estima-se que os custos totais mensais de
uma fábrica de alimentos congelados de pequeno porte giram em torno de R$ 12.000,00.
Devem-se
observar algumas questões para que a relação entre receitas e custos possa
resultar em um quociente positivo, dentre eles:
• Negociar valores de insumos e prazos mais
extensos para pagamento junto aos fornecedores;
• Evitar gastos e despesas desnecessárias;
• Manter equipe de pessoal enxuta;
• Reduzir a inadimplência, através da utilização
de cartões de crédito e débito. Uma mudança para uma fábrica de alimentos
congelados sustentável implicaria na adoção de novos sistemas e alterações de certos
processos. Apesar de representar gastos em equipamentos, que teriam que ser de
alta eficiência energética, estas modificações resultariam ao longo do tempo na
diminuição de custos variáveis como água e energia e também redução de gastos
com compra de produtos de limpeza e inclusive de matérias primas alimentares,
tornando o empreendimento ainda mais viável economicamente.
15.
Diversificação/Agregação de Valor
Algumas
idéias de diversificação do negócio em relação aos demais fabricantes de
comidas congeladas podem tanger o aspecto da embalagem do produto, a
funcionalidade do alimento ou as opções inovadoras de pratos oferecidos, o
canal de venda utilizado para comercialização dos produtos e o que se deve
despender maiores esforços, a sustentabilidade.
O
mercado de congelados apresenta enorme variedade de alimentos do segmento fast
food como salgados, pizzas, hamburgers, batatas fritas e lasanhas, porém há
demanda crescente por alimentos que apresentem a praticidade do congelado, mas
que também apresentem funcionalidade e uma alternativa de alimentação dietética
e saudável. Nesse sentido, a agregação de valor pode vir através da
substituição de gorduras nocivas como as trans-saturadas pelas benéficas como
as do tipo ômega. Também pode agregar valor a elaboração de alimentos naturais,
soluções para diabéticos ou inclusive produzidos com matérias primas orgânicas.
Outra alternativa é a elaboração de congelados no estilo “prato pronto”, em que
o produto consiste em um prato já composto por alimentos de diversos grupos
alimentares, que proporcionarão uma refeição completa na questão dos nutrientes
necessários (funcionalidade) e balanceada.
A
diversificação dos pratos oferecidos também pode agregar valor aos produtos,
podendo-se trabalhar com uma linha de alimentos congelados infantis, típicos de
diferentes regiões do Brasil ou de distintos países do mundo, por exemplo,
apostando na inovação para atrair os consumidores.
A embalagem
também pode se tornar um diferencial competitivo pela questão visual, pela
praticidade de preparo do alimento e por aspectos de sustentabilidade. A
depender da idéia que o produto e a empresa desejam passar, pode-se adotar um
design de embalagem que transmita a idéia de tradicionalismo que remeta ao
conceito de comida caseira, ou um envoltório moderno e de estilo arrojado, que
chame atenção do consumidor por diferenciar-se dos demais. A praticidade de
preparo dos alimentos também deve ser levada em consideração na escolha do
estilo e material da embalagem, já que esta pode servir como recipiente para
aquecimento em forno e microondas e também de prato para o consumo, sendo que
envoltórios que permitem que o produto vá diretamente do freezer ao forno e
depois à mesa mostram-se ainda mais interessantes do que as que somente servem
de recipiente para quando o alimento está congelado.
A
questão da sustentabilidade da embalagem é outro ponto que pode ser percebido
como uma forma de agregar valor ao produto. Além do apelo da mídia pela questão
ambiental, diversos municípios já realizam a coleta seletiva em que deve ser
feita a separação de lixo seco e reciclável para coleta, o que acaba por
conscientizar a população a optar por embalagens recicláveis no momento da
compra de alimentos. Outra forma criativa de se posicionar no mercado é através
da utilização de canais de venda que propiciem ainda mais comodidade e
praticidade ao consumidor final como, por exemplo, a venda de pratos pela
internet através de portal de compras no website da empresa ou encomendas por
telefone que possibilitem o serviço de entrega expressa em domicílio e
escritórios.
A
partir da utilização de maquinário, processos e atividades que busquem reduzir
os impactos ambientais na sociedade e no meio ambiente, como utilização de
menos energia, tratamento eficaz dos resíduos e utilização de parte da matéria
prima orgânica, pode-se gerar um grande valor agregado para a empresa assim
como ocorre para os produtos orgânicos, cujos preços chegam a mais de 50% do
produto comum. A questão da agregação de valor através do posicionamento
sustentável da empresa deve ser seu foco perante o mercado, porém a
sustentabilidade econômica somente ocorrerá se os clientes realmente receberem
e perceberem o valor do produto pelo qual estão pagando, sem que sejam
enganados com falsa propaganda. Para a efetividade deste posicionamento é
imprescindível a consideração do retorno dos clientes sobre a questão “O
cliente realmente recebe benefícios e percebe a diferenciação dos produtos
sustentáveis em troca do que está adquirindo?”.
16. Divulgação
A
depender do porte da empresa, da capacidade produtiva e do canal de
distribuição escolhido para atingir seu público alvo, diferentes são as formas
de divulgação dos produtos da empresa.
No
caso de distribuição através de venda direta em estabelecimento próprio ou
através de comerciantes “de bairro” a pequena indústria de alimentos congelados
poderá se utilizar de panfletos a serem distribuídos de forma dirigida, em
locais de grande circulação de pessoas próximos ao seu estabelecimento e ao
comércio que possui seus produtos para venda, ou ainda entregues em escritórios
e residências.
Caso
opte por atender restaurantes, lanchonetes e bares, a empresa pode realizar
publicações em revistas dirigidas ao setor, prospectar seus clientes através de
telefonemas, emails e visitas, enviar amostras de seus produtos, ou até mesmo
oferecer soluções de alimentos congelados personalizados para a necessidade do
estabelecimento, não sendo necessários grandes esforços em divulgação para o
consumidor final, ou seja, o cliente destes locais, já que os produtos da
empresa servirão como insumos para o oferecido pelos restaurantes, lanchonetes
e bares. Para atendimento a hiper e supermercados, a empresa deve possuir uma
capacidade produtiva importante pela demanda por grandes quantidades, e caso se
configure desta maneira, a divulgação deve ser voltada principalmente ao
consumidor final, através de degustações nos estabelecimentos e iniciativas de
marketing em rádio, outdoor, revistas, jornais, televisão e inserção da empresa
em redes sociais. Independentemente do porte e do canal de distribuição que
pretende utilizar, é indispensável para a empresa que possua um site na
internet para identificação institucional e divulgação de produtos, o qual deve
constar em listagens de sites de busca gerais e específicos para o ramo de
alimentação.
As
alternativas disponíveis para uma empresa do ramo de divulgação “verde” giram
principalmente em torno do marketing por internet, através de site próprio,
perfis para comunicação e promoções em redes sociais e e-mail marketing, por
exemplo, que se configuram como maneiras de baixo custo, não poluentes e que
consegue atingir como poucos outros meios um grande contingencial de pessoas.
17.
Informações Fiscais e Tributárias
O
segmento de ALIMENTOS CONGELADOS, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) 1096-1/00 como produção e comercialização de
pratos prontos congelados à base de carnes, aves, peixes, vegetais, massas e de
salgadinhos, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP
(Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006,
desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três
milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os
demais requisitos previstos na Lei.
Nesse
regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,
por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da
seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias
e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social
relativa a parte patronal).
Conforme
a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse
ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção
pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês
de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao
número de meses de atividade no período.
Se o
Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios
tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal
poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a
receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme
a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm
). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em
valores fixos mensais conforme abaixo:
I)
Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de
contribuição previdenciária do empreendedor:
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre
Circulação de Mercadorias;
II)
Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)
O
empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a
remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a
remuneração do empregado.
Havendo
receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
Para
este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre será
muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura
do estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.
Fundamentos
Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares
nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê Gestor do Simples
Nacional nº 94/2011.
18. Eventos
Feira
Internacional de Alimentação Saudável, produtos Naturais e Saúde Evento: Anual
Cidade:
São Paulo, São Paulo
Informações:
(11) 2226-3100 E-mail: atendimento@francal.com.br Site:
http://www.naturaltech.com.br
Congresso
e Feira de Negócios em Supermercados
Evento:
Anual
Cidade:
São Paulo, São Paulo
Informações:
(11) 3647-5300
E-mail:
secretaria@eventosapas.com.br
Site:
www.feiraapas.com.br
Congresso
Internacional de Food Service
Evento:
Anual
Cidade:
São Paulo, São Paulo
Informações:
(11) 3030-1383
E-mail:
eventos@abia.org.br
Site:
http://www.abia.org.br/cfs2012 /default.asp
Feira
Internacional de Equipamentos, produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
Evento:
1ª edição em 2012 Cidade: São Paulo, São Paulo Informações: (11) 3371-0900
E-mail:
manstran@manstranfairs.com
Site:
www.abraselspfoodserviceshow.c om.br
Expoembala
Feira Internacional de Embalagens e Processos
Evento:
Anual
Cidade:
São Paulo, São Paulo
Informações:
(11) 3893-1300
E-mail:
comercial@expoembala.com.br
Site:
www.expoembala.com.br
Fispal
Tecnologia
Feira
Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de Alimentos e
Bebidas.
Evento:
Anual
Cidade:
São Paulo, São Paulo
Informações:
(11) 3598-7880 E-mail: visitante.ft@btsmedia.biz Site:
www.fispaltecnologia.com.br
Feira
de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados - EXPOSUPER Evento:
Anual
Cidade:
Joinville, Santa Catarina Informações: (48) 3223-0174 E-mail:
contato@exposuper.com.br Site: http://www.exposuper.com.br
19.
Entidades em Geral
Abia
- Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação
Endereço:
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1478, 11º andar. São Paulo, São Paulo Cep: 01451-001
Telefone:
(11) 3030-1353 Site: http://www.abia.org.br
Abrasel
- Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
Endereço:
Rua bambuí, 20, conjunto 102 – Serra. Belo Horizonte, Minas Gerais Cep:
30210-490
Telefone:
(31) 2512-1613
Site:
http://www.abrasel.com.br
Anvisa
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Endereço:
SEPN 515, bl. B, Edifício Ômega. Brasília, Distrito Federal Cep: 70770-502
Telefone:
(61) 3448-1000 Site: http://www.anvisa.gov.br
Ministério
da Saúde
Endereço:
Esplanada dos Ministérios, bl. G. Brasília, Distrito Federal Cep: 70058-900
Telefone:
(61) 3315-2425
Site:
http://www.saude.gov.br /p>
Federação
dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo
Endereço: Rua Conselheiro Furtado, 987 – Liberdade. São Paulo, São Paulo
Cep:
01511-001 Telefone: (11) 3273-7300
Site:
http://www.fetiasp.com.br/
SBAN
- Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição
Endereço:
Rua Pamplona, 119, cj. 51. São Paulo, São Paulo
Cep:
01405-000
Telefone:
(11) 3266-3399
Site:
http://www.sban.com.br
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