7. Equipamentos
Os
materiais básicos para a instalação de uma loja de aluguel de trajes são:·
Balcão de atendimento;· Estantes para guardar volumes;· Araras;· Prateleiras;·
Provadores com espelho;· Telefone;· Aparelho de fax;· Microcomputador;·
Impressora.
A
disposição das estantes, araras, prateleiras e provadores é importante para
proporcionar conforto e facilitar aos clientes encontrarem as peças desejadas.
Ao fazer o layout da loja, o empreendedor também deve levar em consideração a
ambientação, decoração, circulação, ventilação e iluminação. Na área externa,
deve-se atentar para a fachada, letreiros, entradas, saídas e estacionamento.
8.
Matéria Prima/Mercadoria
A
gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta
e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de,
entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro
dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é
medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no
passado.
Obs.:
Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores
lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de
rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques
é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento,
consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao
cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo
de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer
receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o
número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não
existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com
prontidão.
Portanto,
o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em
conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na
sede da empresa. A quantidade e qualidade das peças disponíveis para aluguel
podem definir o sucesso ou o fracasso da loja.
O
empreendedor deve conhecer o perfil de sua clientela e adquirir peças que
satisfaçam os seus desejos de consumo. A moda para casamentos e festas, apesar
de parecer ser estável, também segue tendências. Assim, o empresário no ramo
deve estar sempre bem atualizado e em busca de novidades. Viajar ao exterior,
ter noção do que será tendência em cada estação do ano, ouvir a opinião de
estilistas conceituados, além de ficar atento às novelas, pode fazer a
diferença.
Uma
forma de minimizar o risco do negócio é oferecer uma ampla variedade de
produtos: vestidos de noiva bordados, lisos, brancos, beges, curtos, longos,
tradicionais, modernos, de renda, de seda, nacionais, importados, com e sem
decote, rebuscados, básicos etc. Com o tempo, será possível identificar as
preferências dos clientes e investir nas mercadorias com mais demanda.
O
vestido bordado pode ser alugado, em média, três vezes. Os mais simples podem
ser alugados em até cinco vezes. O preço de aluguel de roupas para eventos
costuma variar de acordo com o número de locações pelas quais a peça já passou.
A loja pode oferecer também o serviço de primeiro aluguel. Trata-se de um
vestido encomendado para uma costureira ou confecção, de acordo com as medidas
e preferências da cliente. Após a confecção e uso do vestido, a peça é
devolvida para a loja e disponibilizada para locação. Este serviço custa, em
média, 30% a mais do que o segundo ou terceiro aluguel. Porém, garante a
satisfação de clientes que desejam um vestido confeccionado sob medida, mas não
possuem condições de comprá-lo definitivamente. Neste caso, há preferência pela
utilização de tecidos mais resistentes. Normalmente, depois de cinco aluguéis,
os vestidos são vendidos para outras lojas em cidades menores ou para brechós.
O
recurso proveniente da venda de vestidos deve ser reinvestido na renovação do
estoque. A loja também pode trabalhar com acessórios sociais a rigor para
homens e mulheres: véu, grinalda, e. buquê, sapatos, camisas, gravatas,
chapéus, arranjos, almofadinhas, bolsas, colares, brincos, braceletes, entre
outros. Além disso, deve disponibilizar trajes de noivos, padrinhos, madrinhas,
pajens e damas de honra.
Para
atender o segmento das formaturas, deve-se oferecer o modelo tradicional de
becas que é confeccionado na tonalidade preta, variando a faixa com a
tonalidade do curso em questão.
Por
fim, a loja deve oferecer um espaço exclusivo para roupas de festas, com trajes
a rigor e vestidos longos. Desta forma, a empresa amplia o campo de atuação
para além das cerimônias de casamento, atendendo convidados de festas,
formaturas e eventos de gala, e foge da sazonalidade das cerimônias de
casamento.
Alguns
fornecedores:
LightintheBox.com
http://www.lightinthebox.c om/pt/
O
Melhor do Bom Retiro
http://www.o
melhordobomretiro.com.br/index.asp
O
Vestido Importado
http://www.ves
tidoimportado.com.br/
Ploja.htm
O melhor do Brás
http://www.omelho
rdobras.com.br/index.asp
Vitrine
25 de Março
http://www.vit rine25demarco.com.br/index.php
9. Organização do Processo Produtivo
O
processo produtivo de uma loja de aluguel de trajes pode ser agrupado em três
grandes etapas:
1)
Aquisição de peças: Para o setor de aluguel de trajes, “vender bem” significa,
acima de tudo, “comprar bem”. O empreendedor deve ter perspicácia e
sensibilidade para identificar oportunidades de aquisição com retorno garantido
de aluguéis. A encomenda de peças deve ser bem planejada e irá variar de acordo
com os hábitos de consumo da clientela.
2)
Aluguel da peça: Os trajes prontos para a locação devem ser separados em
setores, de preferência com etiquetas de preços e códigos de barra. A
organização é fundamental para o cliente encontrar com rapidez o que procura.
Divisão por cores e tamanhos também auxiliam na busca da roupa desejada.
Os
trajes ou vestidos de primeiro aluguel requerem um atendimento diferenciado, já
que o modelo deverá ser exclusivamente confeccionado para o cliente. O
empresário poderá optar por oferecer confecção própria ou terceirizar o
serviço.
A
criação de um modelo original requer o desenho do croqui ou a oferta de
revistas especializadas para consulta, além de mostruários com opções de
tecidos e aviamentos.
3)
Recepção, vistoria, reparo e limpeza: O atendimento é um item que merece
atenção especial do empresário, visto que nesse segmento de negócio há uma
tendência ao relacionamento de longo prazo com a clientela e indicação de novos
clientes.
Após
a locação e devolução, as roupas devem passar por uma rigorosa vistoria. Caso
tenha ocorrido algum dano que não seja grave, a empresa poderá se
responsabilizar e cobrar somente os gastos necessários para recuperar a
qualidade da roupa. Se o dano ocasionar a perda total da peça, pode-se exigir o
ressarcimento total.
As
roupas sem defeitos devem ser passar por um processo de higienização, limpeza e
manutenção. Os calçados devem ser limpos e engraxados. Já os produtos que
carecem de algum tipo de ajuste devem ser encaminhados para a oficina.
Alguns
consertos simples como costuras, barras ou botões tornam o produto pronto para
ser reutilizado, sem custos elevados de reparação. A oficina também pode ser
solicitada a customizar produtos aos clientes, como por exemplo, o ajuste de
cós, gancho ou barra.
É
possível terceirizar as etapas de, higienização, costura e reparos. Para
garantir a conservação das peças, a lavadeira selecionada deverá ser
especializada em trajes de festa.
Deve-se
apenas atentar para cumprir o prazo acordado com os clientes sem perder o
controle de qualidade do serviço.
10.
Automação
A
automação comercial precisa ser entendida pelo empreendedor como um
investimento necessário para aperfeiçoar sua gestão e obter eficiência e
produtividade. Alguns benefícios proporcionados pela automação comercial: -
rapidez na verificação de informações; - maior comodidade para o consumidor; -
redução de tarefas manuais; - diminuição de erro nas vendas; - melhoria nos
índices de satisfação dos clientes; - facilidade para apuração de resultados; -
aumento da produtividade; - melhorias na gestão do negócio; - redução da
burocracia; - agilidade na apuração dos impostos; - eficiência no processo de
fiscalização.
No
campo gerencial, a automação facilita o controle de diversos processos -
administrativo, caixa, financeiro, entre outros. Por isso, é recomendável a
adoção de um sistema informatizado para quem esteja abrindo um negócio, mesmo
que pequeno.
Atualmente
existem diversos softwares que podem auxiliar o empreendedor. Seguem algumas
opções:
- AS
Gestor empresarial 1.59; - Empresarial Master Plus 2.0 (gratuito); -
Empresarial Master Sênior 2.0 (gratuito);
-Express
Gestão de Tele-vendas (gratuito);
-
Gestão de Clientes (CRM) 2.10;
-
Hábil empresarial (gratuito);
-
Praticus Gestão empresarial;
-
Totus Free 70608 (gratuito). Além de fácil utilização, um software gerencial
deve incorporar, dentre outros, itens como:
-
Cadastro: clientes, funcionários, fornecedores; - Movimentos: orçamentos,
vendas e serviços; - Relatórios: serviços a executar, vendas por cliente,
vendas por período, vendas a receber, estoque, aniversariantes do mês; -
Consultas: preços, recebimentos, pagamentos, vendas; - Gráficos: evolução das
vendas, despesas, pagamentos; - Financeiro: controle de caixa, cheques
recebidos, cheques emitidos, controle de despesa, contas a pagar, controle de
funcionários, compras; - Segurança: backup dos dados.
O processo
de automação consome, em média, entre 5% e 8% do investimento inicial do
negócio. Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve
avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à
legislação fiscal municipal e estadual, a facilidade de suporte e as
atualizações oferecidas pelo fornecedor.
11.
Canais de Distribuição
Como
os produtos disponibilizados para locação exigem que o consumidor escolha,
prove e confira a mercadoria, o canal preferencial de distribuição é a própria
loja.
12.
Investimento
O
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o
negócio até o momento em que ele se torna autossustentável. Pode ser
caracterizado como:
-
investimento fixo: engloba o capital empregado na compra de imóveis (se for o
caso), equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas, veículos; -
investimentos pré-operacionais: são todos os gastos ou despesas realizadas com
projetos, pesquisa de mercado, registro da empresa, decoração, honorários
profissionais e outros.
O
investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento. Uma loja de
aluguel de roupas, estabelecida numa área de 100 m², exige um investimento
inicial estimado em torno de R$ 150 mil, a ser alocado majoritariamente nos
seguintes itens:
-
Balcão de atendimento: R$ 10.000,00 - Estantes para guardar volumes, araras e
prateleiras: R$ 14.000,00 - Provadores com espelho: R$ 20.000,00 - Telefone,
aparelho de fax, microcomputador e impressora: R$6.000,00· - Estoque inicial:
R$ 70.000,00·
As
informações aqui prestadas servem apenas como referência, a partir de um
exemplo hipotético. Os valores acima podem variar conforme a região geográfica
que a empresa irá se instalar, necessidade de reforma do imóvel, tipo de mobiliário,
etc.
Existe
também a possibilidade da franquia, interessante por ser mais fácil do que
abrir o negócio por conta própria.
O
sistema é indicado para aqueles que não têm experiência no setor e querem
contar com treinamento e marketing especializados. O franqueado recebe apoio
nas etapas de escolha do ponto, projeto de arquitetura e comunicação visual,
assistência durante o processo de pré e pós-abertura da loja.
Também
dispõe, contratualmente, de programa de treinamento inicial e reciclagens,
suporte operacional e de marketing.
Se a
opção for por uma franquia, recomenda-se consultar a Associação Brasileira de
Franchising- www.portaldofranchising.com.br/site/content/home/index.asp
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