18. Eventos
FENACAM
– Feira Nacional do Camarão www.fenacam.com.br
A
ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Camarão do Brasil, promove o mais
importante evento do setor.
PECNORDESTE
– Seminários Nordestinos de Pecuária www.pecnordestefaec.org.br
O
PECNORDESTE sempre traz uma ótima programação especialmente voltada para a
aquicultura.
Simpósio
de Controle e Qualidade do Pescado - SIMCOPE www.simcope.com.br Laboratório de
Tecnologia do Pescado do Instituto de Pesca/ SAA-SP, na UniSantos, em Santos/
SP.
19.
Entidades em Geral
ABCC
– Associação Brasileira de Criadores de Camarão Rua dos Caicós, 1865 - 1º Andar
- Bairro: Dix Sept Rosado
Natal/RN
CEP:59052-700 - Fone / Fax: (84) 3231- 6291 / 3231- 9786 E-mail:
abccam@abccam.com.br
ABRACOA
- Associação Brasileira dos Criadores de Organismos Aquáticos
Av.
Francisco Matarazzo, 455, Parque da Água Branca São Paulo-SP CEP: 05031-900
Tel.: (11) 36728274
E-mail:
abracoa@uol.com.br Site: www.abracoa.kit.net
ABRAQ
– Associação Brasileira de Aqüicultura
http://www.pescar.com.br/abraq/
ASBRAER
- Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e
Extensão Rural
SCLN116
- Bloco: F - Sala: 218 - Edifício Castanheira - 70773-500 - Brasília / DF - Tel:
(61) 3274-3051 - Fax: (61) 3347-7114 Email: portalasbraer@asbraer.org.br
http://www.asbraer.org.br
IBAMA
– Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
SCEN
Trecho 2 - Ed. Sede Cx. Postal nº 09870 CEP:70818-900 Brasília- DF
www.ibama.gov.br
SEAP
- Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca
Presidência
da República Esplanada dos Ministérios
Bloco
D CEP: 70043-900 Brasília - DF
Telefone:
(61) 3218-3838/ Fax: 0xx (61) 3224-5049
E-mail:comunicacao@seap.gov.br
UNESP
- UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Centro de Aquicultura da UNESP
Via
de Acesso Prof. Paulo Donato Castelane, s/n 14884-900 Jaboticabal - SP – Brasil
Fone: (16) 3203-2615 E-mail: caunesp@caunesp.unesp.br Site:www.caunesp.unesp.br
20. Dicas de Negócio
Como
em todo negócio, é importante conhecer as bases técnicas e comerciais do
produto a ser produzido e comercializado. Os cuidados com a manipulação e o
transporte são essenciais na carcinicultura, e por isso a grande dica do
negócio se dá na qualidade do produto, que está ligada diretamente à segurança
alimentar.
Esta
é em grande parte relacionada com as Infecções Alimentares, ou seja, doenças
provocadas ou transmitidas por alimentos contaminados. Estudos realizados nos
Estados Unidos mostram que mais de 200 tipos de doenças são transmitidas por alimentos,
sendo os frutos do mar os de maior participação, já que favorecem o crescimento
rápido de microorganismos causadores de doenças.
Em
geral, os produtores de camarão enfrentam desafios em quatro questões básicas
de Segurança Alimentar:
- Microorganismos causadores de doenças
(patogênicos),
- Toxinas de ocorrência natural ou produzida por
fungos,
- Resíduos químicos (metais pesados, pesticidas
e derivados de petróleo),
- Resíduos de drogas veterinárias
(antibióticos).
O
alimento se torna perigoso por meio da contaminação, ou seja, a presença nele
de resíduos, toxinas e/ou microorganismos, e os produtores devem conhecer as
principais questões envolvidas com a contaminação dos camarões, para então
poder adotar as medidas de Prevenção e Controle. As contaminações são
ocasionadas por perigos que são agentes presentes nos alimentos e que causam
mal à saúde. Os perigos se dividem em:
- Perigos químicos: metais pesados, pesticidas,
drogas veterinárias, metabissulfito de sódio, combustíveis, produtos de limpeza
e de sanitização.
- Perigos físicos: partículas estranhas como
pedaços de vidro, parafusos, pedras, madeira, plástico, entre outros.
- Perigos biológicos: microorganismos como
bactérias, fungos, vírus, algas (cianofíceas e dinoflagelados) e suas toxinas.
Considerando
toda a cadeia de produção, os perigos listados acima podem ter sua origem
ligada a diversas fontes, como:
- Manipuladores de alimentos contaminados;
- Superfícies de contato do alimento
contaminadas (mesas, máquinas);
- Animais que contaminam o alimento como insetos
e roedores;
- Ar, solo e água (inclusive na forma de gelo)
contaminados;
- Matéria-prima da produção contaminada.
Os
principais agentes biológicos envolvidos em doenças provocadas por alimentos
são:
- Parasitas: Precisam de um hospedeiro para
sobreviver. Não são considerados perigos em camarões;
- Fungos: Podem ser micro ou macroscópicos. Os
fungos, tais como o mofo e a levedura são encontrados no ar, solo, plantas,
água, animais e em alguns alimentos. Não são considerados perigos em camarões.
- Vírus: São as mais simples formas de vida. Não
se reproduzem fora de células vivas. Do ponto de vista do consumo, não são
considerados perigos em camarões, mas sim para saúde do próprio animal.
- Bactérias: São as que mais ameaçam a Segurança
Alimentar. Multiplicam-se rápido sob temperaturas favoráveis. Algumas são
benéficas e outras são organismos infecciosos causadores de doenças, chamadas
de patogênicas.
É
preciso, portanto, compreender como ocorre a contaminação pelas principais
bactérias que afetam os camarões e a melhor forma de controle para evitar sua
sobrevivência e multiplicação. A contaminação se dá por meio do contato entre
uma superfície contaminada (que pode ser a mão, cabelos, sapatos e etc.) e
outra não contaminada, ou por meio de contato do ambiente contaminado (água
e/ou solo) ou animais (insetos, roedores e etc.) com a matéria-prima não
contaminada. A multiplicação das bactérias se dá quando a matéria-prima já está
contaminada e as condições do ambiente (temperatura, pH e umidade) estão dentro
da faixa ideal para o crescimento das bactérias nocivas. Entre esses fatores, a
temperatura é o mais importante.
A
sobrevivência das bactérias pode ser controlada pelo cozimento e pela
desinfecção. O frio, mesmo em temperaturas de congelamento, não elimina por
completo as bactérias, reduz sim sua quantidade e seu poder de multiplicação.
As
bactérias se multiplicam com mais velocidade na faixa de temperaturas entre
+5ºC
e + 60°C, considerada Zona de Perigo. Por isso, é importante a conservação
imediata dos camarões em gelo depois de despescados. A falta de resfriamento é
um dos principais fatores responsáveis pelas Infecções Alimentares por
bactérias patogênicas.
As
toxinas produzidas por microalgas da água de cultivo dos camarões e as
micotoxinas produzidas por fungos da ração podem afetar a sanidade dos camarões
e, em casos severos, afetar a saúde do consumidor. Os Perigos Químicos são alvo
de controle rigoroso por parte das autoridades sanitária e só são
potencialmente nocivos quando ultrapassam o limite de tolerância, ou seja, a
quantidade do químico que o alimento pode conter sem afetar a integridade
orgânica das pessoas e dos próprios animais.
Em
relação aos camarões marinhos produzidos em fazendas, os Perigos Químicos que
podem contaminá-los são:
- Drogas veterinárias;
- Metais pesados;
- Pesticidas;
- Combustíveis e Lubrificantes;
- Conservantes e Aditivos (metabissufito).
Sabe-se
que as drogas veterinárias e seus resíduos em alimentos, desde que usadas
corretamente, representam baixo risco. Apesar disso, essas drogas são
consideradas uma grande ameaça à qualidade dos camarões cultivados. O cuidado
na utilização de qualquer produto químico, aprovado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e, prescrito por técnico
habilitado e credenciado junto ao seu respectivo conselho profissional (CREA,
CRMV), deve começar pela compra do produto rotulado e na sua embalagem original
de um fabricante e estabelecimentos autorizados.
21.
Características
Os
empreendedores deste ramo devem reunir características tais como:
- Conhecimento técnico do ramo;
- Organização e capacidade de associativismo;
- Habilidades para avaliar e identificar nichos
de Mercado;
- Habilidade de Negociação;
- Senso de oportunidade e capacidade de assumir
riscos;
- Capacidade de motivar sua equipe e manter-se
atualizado tecnologicamente;
- Conhecimento das exigências legais
estabelecidas pelos órgãos normativos e licenciadores e capacidade para avaliar
sua conformidade as normas em vigor.
Qualquer
que seja o modelo de produção adotado, a visão empresarial, o estudo de mercado
a que se destina o camarão, a busca de orientação técnica, a legalização da
atividade nos órgãos ambientais e a manutenção de uma produção sustentável, são
ações indispensáveis à consolidação do empreendimento por parte do produtor.
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